A música grega é, sem dúvida, uma das mais ricas do mundo. A infinidade de diferentes ritmos e a paixão do povo grego pela música e pela dança é contagiante. O som da música grega corresponde muito bem à geografia do país sendo uma mistura de ritmos ocidentais e orientais traduzidos por instrumentos típicos e milenares. Alguns ritmos ficaram mundialmente conhecidos, como o Hassápiko, após a música de Mikis Theodorakis e a interpretação da dança por Antony Quinn no filme “Zorba, o grego”. O Rebétiko, também chamado de o blues grego, é muito antigo e possivelmente precursor do blues americano. O Tsiftetéli é um ritmo que mistura o som de um rock anos 60 com o som da música árabe e vem invadindo a Europa nos últimos anos. É impressionante o número de compositores, cantores, cantoras e conjuntos que existem na Grécia. Alguns são considerados dentre os melhores compositores europeus, como o próprio Theodorakis, Hatzidakis, Vamvakaris, Zabetas, Spanos, Louizos e tantos outros. Vozes fabulosas como as de Haris Aleksiu, Mitropanos, Parios e uma infinidade de artistas são reconhecidas mundialmente. Cantores de música grega moderna como Stelios Rokkos, George Alkeos, Yannis Ploutarxos, Anna Vissi, Kéti Garbi e milhões de outros têm invadido as rádios européias. Infelizmente, muito pouco tem chegado ao Brasil. Cada dança tem uma história diferente, fazendo com que sejam muito ricas em ritmos, sons e passos. Devido aos 5 mil anos de história e, principalmente, ao período helenístico, podemos notar influência das músicas e danças gregas em diversas outras culturas. Há indícios de que a dança dos sete véus tenha surgido quando Alexandre, o Grande, trouxe para o Império Helênico as sedas da Índia, deixando as mulheres da época enlouquecidas com a delicadeza daquele tecido. Da Grécia antiga provém a dança circular de mãos dadas, onde as pessoas dançavam em volta de árvores ou fogueiras fazendo oferendas para homenagear os deuses. Um ritmo interessante é o Ballo ou Syrtos, presente em quase todas as culturas, inclusive na brasileira, onde é representada pelas cirandas dançadas no nordeste do Brasil.
O Kritiko, originário da ilha de Creta, também é conhecida como Pendozali ( do grego pente=cinco, Zali=passos ), a dança dos cinco passos, de origem guerreira, e que o tempo transformou em dança de festas, para homenagear o deus das festas, Dionísio.
Entre os ritmos boêmios podemos citar o Rebétiko ( blues ), o Hassápiko e o Hassaposérviko ( versão mais rápida do Hassápiko ). O traje utilizado para estas danças são calças e camisas pretas, boina de pescador e uma faixa, geralmente vermelha, na cintura.
O Zebékiko, conhecido como a dança do bêbado, teve origem na Ásia menor e foi discriminada pela sociedade por muito tempo; entretanto, hoje é uma das danças mais populares na Grécia. É interpretada apenas por homens e dançada por uma única pessoa, com outras ajoelhadas ao redor e batendo palmas no ritmo da música. Uma característica do Zebékiko é que não existe uma coreografia específica; cada bailarino interpreta a música conforme a sente, expondo a sua alma. O Karsilamas é uma variação do Zebékiko. No grupo das danças boêmias incluimos, ainda, o Tsiftetéli, uma espécie de dança do ventre dançada por casais ou só pelas mulheres, nesse caso em cima das mesas.
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Agradeço a colaboração, no texto e nas fotos, dos amigos Cristina Antoniadis e Nikolas Bellonis.