Segundo a História, as vinhas e o vinho apareceram pela primeira vez na Grécia, por volta de 4000 A.C.. Dionísio, filho de Zeus, era o deus da vegetação e do vinho e era adorado com festas e eventos em várias ocasiões. Existem descrições detalhadas de processos de produção de vinho em inscrições que datam de 2500 a.C.. A mais antiga prensa de vinho do mundo foi conservada na ilha de Creta onde foram encontradas gravetos de parreira em túmulos muito antigos. Na Ilíada, Homero também descreve muitas cidades e regiões da Grécia como produtoras de vinho e elogia as suas tradições na produção desta bebida.
Na Grécia Antiga, o vinho era utilizado não só como bebida, mas também como medicamento. Era servido em copos de várias formas e tamanhos, cada um com um nome diferente. Vasos como as ânforas eram utilizados para servir o vinho no Symposium. As Kratiras eram vasos largos, de excelente qualidade, usadas para armazenar o vinho. Uma das mais magníficas e também das mais bem conservadas, está exposta no Museu Arqueológico de Thessaloniki.
“Os vinhos gregos estão entre os de maior personalidade no mundo e entre os que mais combinam com comida. As melhores castas nativas podem produzir vinhos tão extraordinários e elegantes que não se pode imaginar que a Grécia seja um país quente” (The Washington Post).
Na Grécia são cultivadas cerca de 250 variedades de uvas em quase todo o continente e ilhas, de norte a sul, de leste a oeste. Os bons vinhos gregos são de excelente qualidade e considerados dos mais fascinantes da atualidade. São elegantes, com muita personalidade e têm encantado os enólogos de todo o mundo. As uvas autóctones conferem uma tipicidade única ao vinho grego, sendo a Agiorgitiko seu melhor exemplo. Os vinhos desta uva plantada principalmente em Neméa, no Peloponeso, têm um esplendoroso bouquet, paladar rico e intenso, semelhante ao Merlot, e aveludado no palato. Um bom exemplo de vinho desta uva é o Epilegmeni Nemea 1997. No norte da Grécia encontram-se muitas áreas de produção de vinho tinto: Naussa, Goumenisa, Amynteo, Siatista e Xalkidiki. Algumas das variedades produzidas na Macedônia são Xynomavro, Mosxomavro e Athiri, produzido nas vinhas do Monte Athos, sendo a Xynomavro muito estruturada e considerada uma das melhores da Grécia. Além disso a Grécia ainda planta as uvas Syrah, Cabernet e Merlot para a elaboração de muitos vinhos tintos. O Merlot 1997 da Ktima Kir Gianni, de Naussa, é um dos melhores vinhos já produzidos na Grécia. Alguns dos vinhos produzidos nas ilhas Creta, Paros e Rodes são, também, muito consumidos.
Os vinhos tintos gregos mais considerados pelos especialistas hoje em dia são : Gaia Estate Neméa, Gerovassilíou, Gerodoklima Rematias Merlot, Avaton, Chateau Julia e Cabernet Néa Drys.
Existem vinhos brancos secos muito bons, especialmente os produzidos nas ilhas Kefalonia (Robola), Limnos e Santorini; desta última ilha, alguns vinhos são premiados na Europa e têm um paladar diferenciado por serem produzidos a partir de uvas assyrtico, de toque cítrico e maravilhoso frescor, com muita acidez, além das atiri e aidani, todascultivadas em solo vulcânico. Outras uvas utilizadas para fabricação de vinhos brancos são a moschofilero, com aroma de rosas e a malagousiá, de sabor muito rico, além das conhecidas sauvignon blanc e chardonnay.
Os vinhos brancos mais apreciados pelos enólogos são : Gerovassilíou Chardonnay, Antonopoulos Chardonnay, Ktima Argiru e o Thalassitis Assyrtiko de Santorini.
A uva Mavrodaphne plantada principalmente em Patras, confere um vinho tinto doce, achocolatado, de coloração muito escura, ideal para o acompanhamento de sobremesas.
O vinho Mosxato, de Samos, é um vinho branco doce de sobremesa muito rico e envolvente feito com a uva Muscat e conhecido em todo o mundo.
Em Santorini produz-se também o Vin Santo, semelhante ao italiano, sendo um vinho tinto adocicado que deve ser tomado como aperitivo ou após a refeição, sempre bem gelado.
Entretanto o vinho mais apreciado pelo povo grego, muito consumido no verão, é o “retsina”, feito com adição de resina de pinheiro ao vinho branco durante a fermentação, muitos deles de fabricação caseira. Quando fresco é suave e parece um vinho branco leve, apesar da maior graduação alcoólica.
Tem um paladar único, bastante diferenciado, fornecido pela resina da madeira e são muito refrescantes quando bebidos extraídos por pressão diretamente do barril. Pode ser servido misturado com água gaseificada ficando muito semelhante aos vinhos espumantes.
Fundada em 1879, a Cave Boutari foi eleita por mais de dez vezes a vinícola do ano pela conceituada publicação “Wine & Spirits” e em 2008 a revista especializada “Wine Enthusiast” a escolheu como a melhor vinícola européia.
Saiba mais sobre os vinhos gregos em: http://www.greekwine.gr/